29 agosto, 2011

A vez de Senna






Neste fim de semana, Bruno Senna substitui o alemão Nick Heidfeld na Renault Lotus. O Brasil vai ver novamente um Senna pilotando um carro preto e dourado.
Heidfeld vinha sofrendo duras críticas a respeito de seu desempenho nas últimas semanas. O piloto havia sido contratado para o lugar de Robert Kubica que sofreu um grave acidente de Rali em fevereiro deste ano. Nick era a aposta da equipe para desenvolver o equipamento que conta com um inédito sistema de escapamento frontal. O alemão conquistou um pódio no GP da Malásia deste ano, mas depois disso a equipe passou a perder rendimento e hoje ele encontra-se apenas 2 pontos na frente de seu companheiro, Vitaly Petrov, o que para a equipe não é um bom desempenho durante o ano.
Ainda não está confirmado se Bruno irá fazer apenas esta corrida ou se ficará no restante da temporada. O que é certo é a grande quantia de dinheiro que o brasileiro está levando para a equipe, o que não desmerece em nada sua escolha como piloto do carro nº 9. Até porque Romain Grosjean, virtual campeão da GP2, está de olho na vaga.
Devemos esperar que ele acompanhe o ritmo do russo Vitaly Petrov, que já está mais adaptado ao carro, à equipe de corridas, estratégias, etc. Se der continuidade na temporada, podemos vê-lo andando na frente de seu companheiro uma vez ou outra até o final do ano.
A F1 dificilmente dá uma segunda chance. Que agarre esta com unhas e dentes, pois é um privilegiado.

De volta!



Após as 3 semanas de férias de verão europeu, a Fórmula 1 retoma suas atividades em um dos mais tradicionais circuitos do calendário atual da categoria.
Spa Francochamps é uma das 5 pistas clássicas que restaram no roteiro da F1, junto com Mônaco, Silverstone, Monza e Interlagos. Com o crescimento dos países asiáticos e do oriente médio, muitas pistas históricas como Estoril, Paul Ricard e Hockenheim foram devidamente afastadas do calendário da categoria. Hockenheim ainda reveza com Nurburgring a sede do GP da Alemanha, porém o traçado clássico com retas gigantescas com chicanes no meio para reduzir a velocidade, foi totalmente mutilado em virtude de acordos comerciais do chefão da categoria.
Voltando a Spa, é um circuito onde todo piloto sonha em correr. Com curvas de todos os tipos, de alta velocidade, de baixa, de média, com subidas e descidas muito rápidas e, claro, a famosa Eau Rouge. Curva que um dia mostrou a diferença entre “os homens e os meninos”. Hoje em dia, com os motores V8 e a grande carga aerodinâmica dos carros, ficou fácil fazer a curva de pé embaixo, como se fosse uma reta, porém até alguns anos atrás, muitos acidentes aconteceram por excesso de otimismo de alguns pilotos em tentar fazê-la sem desacelerar. Em 1999, Jacques Villeneuve e Ricardo Zonta, quando companheiros na BAR, apostaram quem conseguiria passar com 100% de aceleração durante a classificação. O resultado foi um prejuízo enorme para a equipe que teve que reconstruir os dois carros, pois os dois se arrebentaram nas barreiras de pneus da curva.
Nos anos 80, os carros com pouquissíma pressão aerodinâmica e motores turbo V12, eram verdadeiras cadeiras elétricas e quem fazia a Eau Rouge de pé embaixo era considerado meio louco. Ayrton Senna era um que desacelerava na entrada da curva, mas achou uma forma de fazê-la que era ainda mais rápido que os pilotos que a faziam com total aceleração.
Spa Francochamps é uma pista de 7km de extensão, sendo assim a mais longa da temporada, a corrida conta com 44 voltas e a previsão é sempre de chuva. Às vezes o piloto começa a volta com a pista seca, mas do outro lado do circuito tem chuva torrencial. É sempre um privilégio assistir uma corrida de F1 na pista belga.

Quem vem por aí

Conforme prometido na última coluna, apresento os nomes brasileiros que estão despontando no automobilismo internacional.



O principal piloto brasileiro atualmente no cenário europeu é Felipe Nasr. Atual líder do campeonato inglês de F3, o brasiliense, que corre com o carro nas cores da bandeira brasileira, é tratado como uma joia sendo lapidada.
Nasr tem Steve Robertson como empresário, simplesmente o mesmo de Kimi Raikkonen, que atualmente disputa o mundial de Rali (WRC) e tem suporte da Red Bull por trás, que vê nele um grande talento em potencial para ser uma força da F1 no futuro.
Se tudo correr conforme programado, em pouco tempo teremos um piloto de ponta na F1.



Lucas Foresti é outro brasiliense que vem se destacando também na F3 inglesa, atualmente em 5º lugar no campeonato, Lucas já venceu corridas e fez dobradinha com Nasr no topo do pódio da categoria que já teve Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Rubens Barrichello como vencedores.



Cesar Ramos disputa a World Series by Renault. Campeonato fortíssimo, que tem como líder Daniel Ricciardo, piloto da F1 que tomou o lugar de Narain Karthikeyan na Hispania. Cesar foi campeão da F3 italiana em 2010 e com isso ganhou um teste de F1 pela Ferrari. Atualmente o piloto está com dificuldades financeiras e por isso não consegue ter um desempenho consistente na categoria. Cesar é gaúcho e tem um enorme talento. Pode ser uma grande surpresa do automobilismo brasileiro nos próximos anos.



Quem está despontando dentro do Brasil é o paraense Felipe Fraga. Nascido em Jacundá, o piloto corre pelo estado do Tocantins, pois tem o apoio do governo local que paga todas as suas despesas com viagens e hospedagem. É um grande incentivo, já que ele viaja bastante tanto dentro do país quanto para fora. Final deste ano Fraga irá disputar o WSK, World Series of Kart, um tipo de campeonato mundial disputado em Las Vegas e tem grandes chances de se tornar campeão.
Felipe tem contato direto com pilotos como Rubens Barrichello e Tony Kanaan e está para anunciar um grande contrato para o ano que vem e que certamente lhe abrirá muitas portas no cenário do automobilismo internacional.
Se for para cravar, eu aposto que em alguns anos teremos o primeiro paraense a pilotar um carro de F1. Pena que ele vai se dizer tocantinense.

Kart



Domingo passado foi realizada a primeira etapa do Campeonato Kart Club do Pará, com apoio da Fepauto, Prefeitura de Castanhal, Dele & Dela, Mobilli e ESC Construções,
A vitória ficou com o piloto Mauro Folha, treinado pela Veloz Management, que largou de 4º lugar e foi ganhando posições no decorrer da prova. Na sequência vieram Raul Melido em 2º, Maurício Vulcão, Pablo Coimbra e Augusto Santin.



O kart no Pará está voltando. Um grupo de amigos assumiu essa responsabilidade e com a ajuda de pessoas das antigas como Roberto e Robertinho Saraiva, que estão dando uma força enorme para que o kartódromo volte suas atividades a pleno vapor.



Foi muito bom rever pessoas que não via há muitos anos, todas elas empolgadas em poder ver novamente uma prova de kart oficial no nosso estado.
Que a partir de agora, seja só crescimento.
Parabéns aos herois do novo kart paraense.

Um grande abraço
Até a próxima.

Coluna publicada no jornal O Liberal do dia 28/08/2011

15 agosto, 2011

De férias mas com muito a fazer.



A F1 chega em seu período de férias coletivas. Todo agosto, mês das férias europeias o circo da categoria para completamente por 3 semanas. Normalmente após o GP da Hungria, como aconteceu este ano.
É um período sem movimentação nas pistas, porém com muito falatório nos bastidores. Principalmente depois do movimentado GP húngaro que terminou com uma vitória cerebral de Jenson Button, após lutar com seu companheiro Lewis Hamilton e contra o líder do mundial, Sebastian Vettel.



É impressionante como Button consegue se adaptar à condições climáticas adversas. Sempre que o clima ficar instável com o chove e para, podemos colocar o campeao mundial de 2009 como um dos favoritos, ainda mais por ter uma McLaren nas mãos. Nas suas 4 vitórias pela equipe de Woking, Jenson enfrentou instabilidade no clima. Australia e China de 2010 e Canadá e Hungria de 2011, foram corridas semelhantes, que tiveram chuva e muitas paradas para troca de pneus. Coincidentemente, ou não, Button sempre esteve muito forte e foi o vencedor com a mesma estratégia de cuidar bem dos pneus e ser agressivo na hora certa. O inglês enxerga a corrida como um todo, não apenas o momento dela.
Button é uma excessão. Há um ditado no automobilismo que diz: “quando abaixa a viseira, todo piloto fica burro” – justificado pela enorme ganância que todo piloto tem de vencer a qualquer custo. Jenson contradiz essa regra, provando que não é só de velocidade que se faz um excelente piloto. Usar o cérebro muitas vezes leva vantagem sobre a agressividade.
O piloto da McLaren vai para as férias com a moral elevada e como um fortíssimo candidato ao vicecampeonato. Pois o campeão será o Alemão da Red Bull.

Schumacher

Esta semana surgiu uma informação que o heptacampeão mundial não estaria com a cabeça voltada 100% para a F1 e que estaria considerando a possibilidade de se aposentar novamente ao final desta temporada.
Schumacher definitivamente não é o mesmo piloto que fez história na categoria principal no início da década passada, mas isso não significa que ele não é importante para a equipe Mercedes. Ross Brawn, diretor técnico da equipe, declarou recentemente que apesar de Michael estar sendo constantemente batido por seu companheiro Nico Rosberg, é extremamente importante para ajudar a desenvolver o carro da “forma antiga”, transmitindo conhecimento e experiência aos engenheiros e mecânicos da equipe.



O alemão teria declarado a um jornal italiano que está cansado mentalmente da rotina da categoria e que ele é o principal problema por seu fraco desempenho. Admitiu estar um pouco relaxado por a equipe não estar andando na frente, portanto a mentalidade não está de acordo com a equipe, que precisa se desenvolver rapidamente para enfim vencer.
Brawn afirmou que se Schumacher não está mais se sentindo à vontade, eles devem conversar, pois não há sentindo em forçar uma pessoa a fazer o que não tem vontade.
Após esta declaração, o piloto da Force India, Paul di Resta, que faz sua estreia na categoria, já foi cotado para assumir o cockpit do heptacampeão. O escocês tem feito um ótimo trabalho na equipe indiana e tem como empresário Anthony Hamilton, pai de Lewis.
Sabrine Kehm, agente de Schumacher, afirmou que o piloto não deu essas declarações, afirmando que o ex-ferrarista tem enorme paixão pelo projeto e que tem cada vez mais vontade de permanecer na categoria, ainda mais agora que está próximo de completar 20 anos de sua estreia na F1.
Vamos esperar para ver se Michael se aposenta mesmo ao final desta temporada ou se cumpre seu contrato até o final de 2012.

Brasileiros

Rubens Barrichello e Felipe Massa não estão em situações muito confortáveis.
O primeiro ainda não renovou seu contrato com a Williams e há quem diga que isso não vai acontecer. Rubens é um piloto caro e tudo que a equipe Williams não quer hoje são despesas que não caibam no orçamento. Depois de algumas corridas com pouca evolução do time, ficando a frente apenas das 3 nanicas, a conversa do brasileiro com o time sobre a renovação de contrato ficaram estagnadas. Inclusive um diretor da equipe declarou que “Não necessariamente os pilotos de 2012 serão os mesmos”. É bom lembrar que Maldonado não perde o cockpit pois leva um caminhão cheio de dólares para a equipe.



Massa, como em todos os anos que correu pela Ferrari, tem seu lugar ameaçado. Desde 2006, quando foi companheiro de Schumacher no time italiano, tem seu lugar colocado em cheque. O problema é que desta vez os rumores são fortes mesmo. O desafio que Jules Bianchi e Sergio Pérez farão pela equipe e a prorrogação do contrato de Alonso até 2015, dão indícios que Felipe sairá da Ferrari ao final de seu contrato, em 2012.
Na próxima coluna vou falar um pouco das promessas brasileiras. Quem está acelerando forte nas categorias de base do automobilismo. Nomes como Felipe Nasr, Lucas Foresti, Pietro Fantin e Felipe Fraga.

Kart

Domingo que vem, dia 21, será realizada a 2ª etapa do Kart Club do Pará. A prova terá apoio da Prefeitura Municipal de Castanhal, FEPAUTO , ESC Construções e Vieira e Leão Construtora.
O grande atrativo desta etapa será a “Prova do Milzão”, onde o vencedor levará para casa um cheque de mil reais, oferecido pela organização da prova que terá a cobertura da TV Liberal.



O kartódromo está voltando aos bons tempos, a Prefeitura Municipal de Castanhal está dando um grande apoio ao esporte, que aos poucos está crescendo novamente devido ao trabalho dos apaixonados pelo kart.
Muita gente das antigas está interessada em voltar a competir. Essa é a hora de trazer o kart de volta.

Um grande abraço
Até a próxima.

Coluna publicada no Jornal O Liberal no dia 14 de agosto de 2011

06 agosto, 2011

Tá esquentando!

As vitórias de Fernando Alonso na Inglaterra e Lewis Hamilton no GP da Alemanha serviram para esquentar um pouco a disputa pelo campeonato que andava meio fria por conta das vitórias sucessivas do líder Sebastian Vettel.
Ferrari e McLaren atingiram uma curva de evolução surpreendente e conseguiram igualar o desempenho das RBR em ritmo de corrida. Em classificação a equipe dos energéticos ainda continua imbatível e isso é um grande passo para quem quer conquistar a vitória. Mark Webber, o único a largar da posição de honra além de Vettel ainda não conseguiu transformar pole em vitória. Um claro indício de que não vive seu melhor momento na categoria.
Falando em não viver o melhor momento, quem também não vive seu melhor momento no ano é Vettel. Depois de começar de forma arrasadora, parece que o fôlego acabou. Claro que isso não significa que não pode voltar a qualquer momento e aquela superioridade do piloto alemão do começo da temporada pode voltar a existir. Não seria muito normal isso acontecer porque os adversários já reagiram e dificilmente vão regredir na metade final da temporada. Vettel já sabe que tem que administrar a enorme vantagem conquistada e caminhar tranquilamente em relação ao título. Se a diferença continuar como está, o alemão vence o campeonato com 3 corridas de antecedência.
A história da F1 mostra que ninguém até hoje perdeu um campeonato tendo vencido tantas corridas no início da temporada. Não acredito que isso vá acontecer agora em 2011. Mesmo com o mundo do esporte virado de cabeça para baixo nesses últimos anos.

Batata Assando

Nick Heidfeld, que assumiu o cockpit do polonês Robert Kubica, acidentado em um Rali na Itália no início do ano, está com sua vaga sob séria ameaça ainda na temporada atual. A decisão da Renault de utilizar o brasileiro Bruno Senna nos primeiros treinos livres do GP da Hungria mostra bem a condição do piloto alemão dentro da equipe.
Heidfeld foi contratado para substituir Kubica em uma decisão bastante óbvia e acertada na ocasião. É um piloto experiente, rápido e bom acertador de carros, mas não é um líder nato, como Robert, a Renault esperava esta liderança na condução da equipe durante a temporada. O que acabou não acontecendo e o alemão tem perdido espaço dentro do time.
Isso pode ser bom para Senna, que é o substituto natural da equipe, porém o chefe Eric Boullier, tem uma clara preferência por Romain Grosjean, que passou pela equipe em 2009, após a demissão de Nelsinho Piquet e foi muito mal. Agora mais experiente é a grande aposta da equipe para 2012, caso conquiste o título da GP2, que está muito bem encaminhado.
Bruno tem que trabalhar bem na pista para, se tudo der certo, conseguir uma vaga no grid da categoria em pelo menos uma corrida este ano. O GP Brasil seria ideal para isso. Mas o brasileiro precisa ir atrás de patrocínio se quiser fazer acontecer.
A pergunta que fica é: com Kubica voltando em 2012 e Romain Grosjean assumindo o outro cockpit da Renault. Para onde Vitaly Petrov iria? O russo tem feito um ótimo trabalho na atual temporada, tendo, inclusive, conquistado um pódio na primeira etapa do campeonato. Fora isso traz consigo um patrocínio consíderável. Algo que nenhuma equipe hoje está dispensando.

Pit Stop e Felipe Massa

Mais uma vez nos pit stops a Ferrari se deu mal e prejudicou Felipe Massa. Por essas e outras que acontecem desde 2008, ano que o brasileiro perdeu o título por culpa de quebras e falhas nos pits, alguns brasileiros acham que existe uma teoria da conspiração contra os pilotos do nosso país que passam pela equipe italiana.
Não é nada disso. Falhas acontecem e são normais. Claro que é irritante acontecerem mais para um do que para outro, mas é absolutamente normal. Inclusive os pit stops mais rápidos dos GP’s da Inglaterra e da Alemanha foram feitos no carro do brasileiro. Realizados em cerca de 3.1 segundos.
A ideia é que esses pit stops fiquem cada vez mais rápidos. No DTM (Stock Car alemã), já vi pit stops serem feitos em cerca de 1,5 segundo. Isso para trocar os 4 pneus. É um absurdo, mas é verdade. E até o fim da temporada a F1 deve chegar bem perto desse número.
Felipe não atravessa uma boa fase na carreira. Sem dúvida o acidente no GP da Hungria de 2009, quando uma mola do carro de Rubens Barrichello atingiu sua cabeça o deixou pelo menos meio segundo mais lento. Felipe não é mais aquele piloto de classificação, que conseguia voltas impressionantes e conquistou 15 poles entre os campeonatos de 2006 e 2008. Tem começado bem as corridas, mas o ritmo dele do meio para o final dos GP’s é algo impressionantemente ruim. Chega a ser 1 segundo mais lento que Fernando Alonso, seu companheiro de equipe. A única explicação que consigo ver é a desmotivação por não estar lutando pela vitória.
Tenho também uma suspeita, que não posso confirmar até porque a Ferrari nunca vai expor essa informação, mas eu já vi acontecer diversas vezes na categoria: talvez Felipe não tenha a mesma versão do carro que Alonso. Às vezes a equipe faz uma atualização no carro que é testada em apenas um e, se der certo, fica com o primeiro piloto do time, que é quem tem chances de disputar posições mais para a frente. Não é complô, simplesmente uma escolha da equipe. Se o brasileiro estivesse com mais condições de vencer, como aconteceu em 2008, as atualizações seriam dadas à ele. Mas a grande diferença de ritmo na classificação, cerca de 0.5 a 0.6 entre os pilotos da Ferrari, deve ser creditada à essa diferença na versão dos equipamentos utilizados entre os dois.

Sid Mosca

Na semana passada faleceu um artista do automobilismo. Sid Mosca, responsável pelas pinturas dos capacetes de Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi vinha lutando contra um câncer há alguns meses. Deixou um lindo legado, colorido e marcante.
Conheci Sid em 1999, quando fui convidado pela Petrobras para assistir a final da seletiva de kart. Em um dos passeios pela cidade, visitei o ateliê onde tive o prazer de ouvir muitas histórias, entrei no 1º F1 de Rubens Barrichello e segurei nas mãos capacetes originais de Ayrton Senna e Nelson Piquet.
Sou muito grato por ter conhecido uma lenda do automobilismo brasileiro. Meu sonho era ter um capacete pintado pelas mãos do Sid. Infelizmente não deu. Mas ter aqueles minutos na lembrança valem muito mais do que um capacete pintado.

Um grande abraço
Até a próxima

Coluna publicada no Jornal O Liberal no dia 31 de Julho de 2011