07 novembro, 2011

A volta da rivalidade




Em 2008 disputaram o título até a última curva da última volta. Em 2011 não passam de meros coadjuvantes em um campeonato onde são destruídos por seus companheiros. Lewis Hamilton e Felipe Massa vivem no atual campeonato a pior fase de suas carreiras.


Quando no GP de Mônaco, em maio, os dois se encontraram pela primeira vez e Hamilton chamou Massa de “estúpido”, mal sabiam que ali começava o grande duelo da temporada 2011 da F1. Um duelo de coadjuvantes em uma temporada amplamente dominada por Sebastian Vettel, que não deu a menor chance de qualquer piloto se aproximar de seu Red Bull.

O término do namoro com a cantora Nicole Scherzinger aumentou o turbilhão de pressão que o piloto inglês enfrenta por conta de seu desempenho na temporada. O próprio admitiu que não vive o melhor momento pessoal e isso claramente tem afetado o seu desempenho dentro da pista.

Felipe, como falei aqui mesmo na coluna há algumas semanas, desde que voltou do acidente na Hungria em 2009, não foi mais o mesmo. É fraco em classificação e mais fraco ainda durante as corridas. Nem de longe lembra o piloto que cruzou a linha de chegada do GP Brasil 2008 como o campeão mundial e logo depois perdeu o título para o mesmo inglês que hoje é seu grande desafeto nas pistas.

A rivalidade entre os dois lembra muito grandes duelos do passado como Piquet x Mansell, Schumacher x Villeneuve, Fittipaldi x Stewart e claro, a mais famosa, Senna x Prost. Mas só lembra mesmo. Porque antes as rivalidades aconteciam entre pilotos que disputam vitórias e títulos. Hoje em dia a F1 tenta ser politicamente correta e acaba, com certas punições ridículas, cortando o mal pela raiz, como diria o velho ditado.

O último capítulo, até agora, dos dois aconteceu no último final de semana, no inédito GP da Índia e provocou muitas opiniões controversas e abriu uma discussão sobre quem estava certo e quem estava errado.
No caso, Hamilton vinha atrás de Massa. O inglês puxou para o lado para realizar a manobra de ultrapassagem mas não concluiu. Felipe que vinha dentro do traçado, fechou para fazer a curva e os dois acabaram se tocando. O brasileiro foi considerado culpado por, segundo os comissários, saber onde Hamilton estava e mesmo assim não dar espaço. Porém, ali era uma curva de alta velocidade, feita em 4ª marcha e Felipe já estava na tangência da curva. A punição foi severa demais, assim como também seria se fosse aplicada ao inglês. Existe os dois pontos de vista e várias interpretações. Para mim os dois foram culpados e inocentes ao mesmo tempo, portanto, na minha visão não caberia nenhuma punição à ambos.

Sinceramente, o que eu espero é que essa rivalidade não termine logo. Que se estenda durante muito tempo ainda. Mas que os dois possam dar uma virada nas carreiras e voltem a disputar as primeiras posições, como em 2008. Que fizeram uma batalha dura mas limpa. O duelo dos dias atuais é muito mais sujo, porém sem importância.



Vettel

Simplesmente o alemão não para. Mesmo depois de garantir o segundo título mundial, Seb comemora cada vitória como se fosse a primeira. Atitude mais do que louvável pois mantém o respeito tanto com seus adversários quanto com o público.

Definitivamente ele não vai parar por aí. No último final de semana conseguiu o primeiro Grand Chelem da carreira, que significa pole, melhor volta e a liderança de todas as voltas da corrida. Além disso, ultrapassou a marca das 700 voltas lideradas em uma mesma temporada, recorde que antes era de Nigel Mansell na temporada de 1992, quando liderou 692 voltas.

Até o final da temporada tem chances de ser o piloto com mais poles e mais vitórias em uma mesma temporada. E que ninguém duvide do bicampeão.


Kart


Semana passada foi realizada a terceira etapa do Campeonato de kart do Pará. Com o número de competidores aumentando, as disputas se tornam cada vez mais intensas, do início ao fim das provas.

A pole-position ficou com o piloto Veloz Maurício Vulcão, que pela primeira vez na carreira largou da posição de honra do grid. No decorrer da corrida, Vulcão, que vinha dominando a prova com ampla vantagem sobre seus competidores, se envolveu em um toque com outro piloto. O acidente provocou o abandono do líder da prova declarou que estava muito chateado por ter uma grande chance de vitória e de se aproximar dos líderes do campeonato. Infelizmente são coisas que acontecem. Corridas são imprevisíveis e não se ganha nada até a bandeirada. Pelo menos agora ele já sabe que estrear capacete novo em dia de corrida não traz muita sorte.

Após o acidente de Maurício e com muitas disputas, a vitória acabou novamente com o piloto Mauro Folha que soube se livrar de seus adversários e estar no lugar certo e na hora certa. Todo piloto também precisa de um pouco de sorte. Na sequência vieram Leonardo Kerber e Pablo Coimbra.

No campeonato, Folha lidera com 28 pontos, seguido de Pablo Coimbra, Raul Melido e Mauricio Vulcão com 22, 19 e 15 pontos, respectivamente.

A próxima etapa do campeonato acontece no dia 20 de novembro e espero que muitos leitores da coluna aparecam por lá para prestigiar o renascimento do automobilismo no estado do Pará.

Um grande Abraço
Até a próxima.

Coluna publicada no caderno Auto & Cia do jornal O Liberal do dia 06/11/2011